quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Lendas Urbanas: O Jagunço Assassino

Olá galera. O post assombrado de hoje é sobre a célebre lenda de Diogo da Rocha Figueira, o jagunço imortal. Trata-se de um mito conhecido no interior de Minas Gerais, o co- autor desse texto é o e senhor Antonio Vicente meu queridíssimo pai. A história abaixo encontra-se no site do autor José Marcio Castro Alvez que por sua vez é blogueiro de um site repleto de informações sobre a história de Dioguinho. As informações contidas no site são provenientes do romance “Dioguinho, O Matador de Punhos de renda” de João Garcia Duarte. Existem também informações a respeito da lenda no livro “Além da Justiça: O Homicida Dioguinho e Seus Crimes” de Maria Schineider. O site da cidade de São Simão – SP também traz muitas histórias a respeito deste célebre criminoso imortal.
Confira essa assustadora história, muito conhecida no interior de Minas Gerais, logo abaixo:

1-   Dioguinho: A Lenda de Um Homicida
Diogo da Rocha Figueira foi um criminoso distinto que habitava de São Paulo. Nascido em Botucatu, logo em sua mocidade iniciou uma carreira de crimes violentos quando assassinou à punhaladas um homem alegando agir impelido por questões de honra.  Anos depois após casar-se tornou- se agrimensor nas proximidades de Cravinhos e São Simão, estabelecendo-se posteriormente na Vila Mato Grosso de Batataes (Altinópolis), onde contava cúmplices que lhe proporcionavam proteção e amizade. Também  viveu por uns tempos na Vila Mato Grosso. Tal variedade de domicílios é característica devido a sua vida incansável de crimes que lhe tornou um peregrino fugitivo.
Sua fama de homicida cruel e invulnerável continua, mesmo um século depois de ele ter sido dado como morto em 1897, quando ocorreu de um cerco que culminou em tiroteio entre ele e uma esquadra policial, às margens do rio Mogi-Guaçú. É fato notável que o seu corpo nunca foi encontrado. Isso gerou grande repercussão.
A população do interior não acreditava de forma alguma na sua morte. Em pouco seriam atribuídos ao jagunço Dioguinho inúmeros crimes cometidos no imaginário popular – crimes ocorridos muitas décadas após a sua suposta morte em 1897.
Em sua obra a respeito do mito de Diogo da Rocha Figueira,  Marília Schneider* narra a ação policial que ensejava a captura deste famoso e cruel assassino em massa.
Durante o fatídico mês de abril 1897,  foi empreendida pelo governo do Estado de São Paulo uma conceituada e célebre força-tarefa que tinha como intuito capturar o hábil assassino Diogo da Rocha Figueira, o “Dioguinho”, a quem eram atribuídos mais de 50 assassinatos praticados em menos de três anos, entre 1894 e 1897. O malfeitor vivia acoitado escondendo-se em fazendas no campo do extremo Oeste do Estado de São Paulo, região conhecida como “A Mogiana”, constituída em função das ferrovias que se interligavam um emaranhado de Estradas de Ferro. Terra verdejante e fértil que localiza-se  nos arredores de comarca de Ribeirão Preto, cidade então considerada a capital mundial do café.

Em 1903  foi publicado o livro “Dioguinho, narrativa de um cúmplice em dialecto”, de Antonio de Godoi Moreira e Costa,  o delegado encarregado,  de comandar a apreensão de Diogo.

2- O Início

No dia 9 (nove) de Outubro de 1863 no distrito de Botucatu nascia Diogo, uma criança que era inteligente, mas ao mesmo tempo, briguenta e arredia, participava de inúmeros e graves confrontos após o encerramento das aulas da escola Botucatuense. Quando completou 15 (quinze) anos de idade  começou a trabalhar como mestres agrimensor ao lado dos homens que coordenavam a construção da estrada de ferro sorocabana, pois uma estação de trem chegava a região de Botucatu em 1878.
Aos 18 (dezoito) anos, casou-se com uma jovem de boa formação, cujo nome era Antônia de Mello. Dioguinho foi trabalhar com o seu concunhado Antônio Canrardelli, que na época tinha uma fábrica de candeias (lamparinas).Dioguinho era um bom agrimensor, e por tal motivo foi convidado para trabalhar para fazendeiros de café na região de Tatuí.
3- O Primeiro Crime

Com 20 (vinte) anos Dioguinho mudou-se para Tatuí com a sua esposa e seu irmão mais novo João Dabney e Silva (Joãozinho); Um dia ao chegar do trabalho, encontrou Joãozinho chorando, Dioguinho perguntou ao irmão o que tinha acontecido, o garoto contou que o gerente de um circo estava na cidade; onde tinha assistido ao espetáculo, o tratou mal, dando-lhe ainda um tapa no rosto.
Ao saber disso, imediatamente Dioguinho foi acertar as contas com o gerente do circo, levando o garoto (Joãozinho) pelo braço, ao chegar lá, o gerente confirmou o que fizera; Dizendo que o garoto queria entrar de graça por meio ludibrioso, pois fora mal-criado e atrevido.. 
Dioguinho pegou o chicote que levara consigo e açoitou-o, o homem tentou sacar uma arma, esse foi o seu erro; Dioguinho foi mais hábil e fincou a adaga, que trazia na cintura, no peito do homenzarrão, matando-o na hora. E então tudo o que restou foi um homem caído sobre uma possa de sangue se esvaindo no chão do picadeiro. Um espetáculo maquiavélico e sombrio. Alguns dizem que Dioguinho sorriu como se manifestasse contentamento. De qualquer forma ele encontrara sua sombria vocação. Ele foi levado a justiça e processado. Ele não foi condenado. A justiça o absolveu aceitando a alegação de legítima defesa.
 Dioguinho sentira o gosto do sangue e agora estava livre.
Continua...

E você já sabe. aqui no blog você encontra investigações paranormais, reportagens sobre lugares mal assombrados, aconteciemntos misteriosos, fenômenos paranormais, além de lendas urbanas, dicas de filmes, livros, séries e novelas de terror e suspense. O blog é um vasto acervo sobre mistérios que intrigam a humanidade. Eu sou o Danilo Didho e você está no Histórias Assombradas...

Fontes:
ALVEZ, José Márcio Castro. Dioguinho Um Assassino Que Virou Lenda. Disponível em: < http://blogtextosdozemarcio.blogspot.com.br/2010/06/dioguinho-o-assassino-que-virou-lenda.html>. Acesso em: 02 dez. 2015.
NOGUEIRA, Luiz Antônio. Dioguinho. Disponível em: <http://www.saosimao.net/ historia/dioguinho.htmll>. Acesso em: 02 dez. 2015.
SCHNEIDER, Marília. Além da justiça: o homicida Dioguinho e seus cúmplices. Justiça & História-revista do memorial do judiciário Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Porto Alegre: Centro de Memória do Judiciário, v. 3, n. 6, p. 131-159, Papel. 2003.
Bibliografia de Maria Helena Schneider:
BONFIM, Paulo. “A Tocaia”, in:Boletim da Academia Paulista de História, SP, n. 87, out. 2001.
BURKE, Peter. “A história cultural de Ronald Biggs, o Lampião inglês”, JornalFolha de S.
Paulo, 1.11.1998.
CARVALHO, Selma Siqueira.“Dioguinho: estudo de caso de um bandido paulista.” Dissertação de
mestrado, PUC-SP, 1988 23
CASTORIADIS, Cornelius. O Mundo Fragmentado, Ed. Paz e Terra, SP e RJ, 1992
DEL PICCHIA, Menotti. “Banditismo caipira” In: Revista Investigações, São Paulo, Tip. do
Departamento de Investigações, p.7 – 13, ano 1, n.4, abril de 1949
ELLIS Jr., Alfredo. Um parlamentar paulista da República, Coleção História da Civilização
Brasileira, n.9, SP, USP, 1949
FARIA, José Eduardo. “Os desafios do judiciário”, in: Revista USP – Dossiê Judiciário, n.21, 1994
GARCIA, João. Dioguinho. O matador de punhos de renda. Ed. Casa Amarela, SP, 2002.
GODOY, Antonio de. Dioguinho. Narrativa de um cúmplice em dialecto. Oficinas Gráficas da rua do
Hipódromo, 1949.
GUIMARÃES, Mário. O Juiz e a função jurisdicional, Ed. Forense, RJ, 1958, p.186.
HELLER, Agnes. Além da Justiça, Rio de Janeiro, Ed. Civilização Brasileira, 1998
HOBSBAWM, E.J. Rebeldes Primitivos, Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1970.
HOLLOWAY, Thomas H. Imigrantes para o café. Ed. Paz e Terra, SP e RJ, 1984
JANOTTI, Maria de Lourdes Monaco.Sociedade e política na Primeira República, SP, Editora
Atual, 1999
Os Subversivos da República. Ed. Brasiliense, SP, 1986
KUGELMAS, Eduardo. Difícil hegemonia. Um estudo sobre São Paulo na Primeira República. Tese de
doutorado, FFLCH-USP, 1986
LOVE, Joseph. A Locomotiva. São Paulo na Federação Brasileira 1889-1937. Ed. Paz e Terra, SP e
RJ, 1982
NETO, João Amoroso. “O Dioguinho”, In: Revista Investigações, São Paulo, Tip. do Dep. de
Investigações, p. 57 – 72, ano 1, n.4, abril de 1949.


PICCHIO, Luciana Stegagno. História da Literatura Brasileira, RJ, Editora Nova Aguilar, 1997

2 comentários:

  1. Caraaaca 'w' que massa essa história... Pra os EUA verem que não são só eles que tem tanta herança sobrenatural u.u

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    1. Com certeza. Existem muitos mistérios por aqui também. Obrigado pelo comentário.

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